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África do Sul no Carnaval

África do Sul no Carnaval

África do Sul no Carnaval será que é uma boa?

Carnaval tranquilinho ou carnaval com muita festa? O que vocês preferem?

Particularmente eu e o Gabriel gostamos muito de viajar no carnaval e curtir o feriado em um ambiente mais tranquilo, mas nada impede que em algum ano optemos por muita festa. Contudo, em 2020 optamos pela natureza e por muitos bichos selvagens! E não teve erro, foi simplesmente perfeito nosso carnaval!

Saímos de Cuiabá e fomos para São Paulo (nossa capital preferida no Brasil) passamos um dia por lá e no outro dia pegamos o voo para Johannesburg. O voo foi operado pela Latam e deve ter durado em média 8 horas.

Johannesburg

Chegando no aeroporto de Johannesburg tratamos logo de procurar a locadora de carros que havíamos contratado pelo site da Decolar. Ficamos com o carro durante 7 dias e o valor ficou em torno de R$ 1.000,00 para um Toyota Corolla (novinho em folha).

O aeroporto fica a uma distância média de 25km do Hotel, e acreditem já foi a nossa primeira aventura dirigir até lá. A direção na África é mão direita e todo o trânsito é sinalizado de forma inversa ao Brasil, ou seja, nada que você sabe sobre trânsito se aplica na África.

Por exemplo, a faixa amarela no Brasil que divide a mão direita da mão esquerda na África é da cor branca. Aqui no nosso país a cor branca significa mão única e a mão única lá é da cor amarela. Já começa por aí o nó na nossa cabeça. 😮

Ficamos hospedados no Hilton e por ser um hotel de uma rede bem conhecida sabíamos que não teria erro. O hotel tem uma vizinhança legal, com prédios modernos, muitos hotéis e shoppings e é bem próximo ao ponto turístico principal: a escultura gigante do Mandela.

Johannesburg é uma cidade que surpreende, ainda mais para quem chega com algum preconceito por estar em um país africano. Apesar da fortíssima desigualdade social, assim como no Brasil, boa parte da cidade é bonita, moderna.

Todos os dias fomos ao Nelson Mandela Square e ao Shopping Sandton City que fica junto ao complexo. Nessa região fica a escultura gigante do ícone da segregação racial sul-africana que chama a atenção logo à primeira vista.

A escultura gigante fica em um complexo no estilo piazza europeia com cafés, restaurantes finos e diversas lojas.

Mas atenção ao horário de funcionamento do shopping: segunda a sábado, das 9h às 20h, e aos domingos e feriados, das 10h às 18h. O horário de atendimento é bem curto se comparado com nossos shoppings, então vale se programar para visitar a Nelson Mandela Square.

Outra atração turística bem conhecida e que também fomos conhecer foi o Apartheid Museum.

O ingresso custa 100 Rands e você pode adicionar 5 Rands para uma visita guiada, mas precisa ser reservada com antecedência e esta opção não está disponível às segundas-feiras.

A classificação racial foi o fundamento de todas as leis do apartheid. Colocou indivíduos em um dos quatro grupos: “nativo”, “colorido”, “asiático” ou “branco”. Para ilustrar a realidade cotidiana, os visitantes do museu são arbitrariamente classificados como brancos ou não brancos. Uma vez classificados, os visitantes são autorizados a entrar no museu através do portão atribuído a sua classificação. Os documentos de identidade foram a principal ferramenta utilizada para implementar essa divisão racial e muitos desses documentos estão expostos nesta exposição.

Muito triste a diferenciação racial sentida já na entrega dos ingressos.
Diferenciação racial informada por placas.

A descoberta de ouro em Johannesburg em 1886 atraiu migrantes de toda a África do Sul e muitas outras partes do mundo. Esta exposição ilustra as crianças, netos e bisnetos de alguns dos que viajaram para a cidade de ouro nos anos seguintes a 1886. Juntos, eles constituíram uma comunidade diversificada e muitas vezes racialmente mista. Foi essa mistura racial que a segregação e o apartheid foram projetados para prevenir.

Em uma das salas do museu com tem uma exposição com 131 cordas com nós de forca pendurados no teto que representam os 131 opositores do governo executados sob várias leis de terrorismo do apartheid. O Estado afirmou que muitos outros se suicidaram em detenção. Pelo menos alguns deles foram torturados até a morte.

O momento histórico da libertação de Nelson Mandela em 11 de fevereiro de 1990, após 27 anos de prisão, pode ser visto em um vídeo no Museu do Apartheid.

Diversas outras imagens e objetos são exibidos no museu, mas nem todas poderei publicar aqui, pois se trata de um momento muito triste e que não pode ser fotografado pelos turistas.

Encerramos a visita ao museu com o coração apertado e com a certeza que a humanidade ainda tem muito para melhorar.

Saindo do Museu fomos atrás de alguma experiência bem local com um toque de turismo também.

Ficamos sabendo de uma feirinha bem legal que rola aos domingos, aproveitamos a oportunidade de estarmos disponíveis bem no domingo e fomos lá conhecer.

O Market on Main já estava no nosso roteiro de lugares legais para conhecer e chegando lá nos deparamos com um grande galpão, dividido em vários ambientes (internos e externos) com todo tipo de gente misturada (turistas e locais), várias culinárias à disposição, música alta e clima de muita descontração já nos animamos a conhecer logo, porém sem ter muita certeza se seria legal ou não.

O legal do lugar é que aparentemente, ao entrar, você tem a impressão de que é um local pequeno, com muita coisa junta e apertado. No entanto, ao chegar até a parte externa do mercado mais uma novidade aparece, ao encontrarmos o courtyard, que é um pátio agradável, arborizado e com uma atmosfera bem descontraída, com mais barraquinhas de comidas, banheiros, longas mesas com bancos e espaço para o pessoal poder respirar um ar puro enquanto relaxa e aproveita a visita.

Vimos muita gente comprando seus quitutes na parte interna e depois levando as suas escolhas para saborear na parte externa.

Ao se deparar com o movimento e as pessoas degustando as opções, você se pega fotografando as mesinhas/barraquinhas, pois é tudo muito legal e diferente. O astral do lugar contagia os vendedores são bem-humorados e estão sempre sorrindo.

O local é um espaço bem jovem, porém não é difícil ver famílias inteiras com crianças e até pessoas mais velhas, sendo muito democrático e divertido. Na entrada e por boa parte do andar térreo o que predominam são as mesinhas de vendedores comercializando os mais diversos quitutes e petiscos. No andar de cima fica a parte “fashion“, roupas e acessórios tomam conta do ambiente. Eu tratei logo de adquirir um turbante e ficar me achando a própria local. 😂

Ele funciona apenas aos domingos, sempre das 10:00 às 15:00.

Assim encerramos nossos passeios em Johannesburg ficando dois dias e meio na cidade.

Ah! quase esqueço… sempre deem gorjetas!! É costume deles receberem gorjetas em tudo!!! Eu sei que o brasileiro já tem fama de não dar gorjetas, mas, por favor, vamos tentar mudar essa fama!!!😢

Kruger Park Safári

Como chegar ao Kruger Park Safári é uma das maiores dúvidas, mas eu vou tentar sanar um pouco…

Existe a opção de ir de avião saindo de Johannesburg com duração de menos de 1 hora de voo com destino ao aeroporto de Hoedspruit e outras duas opções são: chegar dirigindo desde Johannesburg ou via charter privado.

A primeira alternativa, que demora aproximadamente 6 horas, é boa pra quem tem tempo e deseja fazer a belíssima “Rota Panorama”, passando por lugares como o Blyde River Canyon, Mac Mac Falls, Wonder View, God’s Window e The Pinnacle. A segunda, bem mais cara, deve ser organizada com o hotel antecipadamente e tem a comodidade de permitir aterrissagem na pista de pouso privada do Hotel.

Optamos por fazer a alternativa um e ficar mais livre com o carro para deslocamento.

Quando chegamos Protea Hotel o encantamento pelo local foi logo imediato, um cervo já estava a passear pelo local e aquela sensação de felicidade misturada com ansiedade de se hospedar no meio da savana tomou conta da gente. Adorei a decoração, um mix de moderno e étnico.

Procuramos logo o atendente do hotel para começar a agendar os safáris. Porém, fomos informados que os horários que nós queríamos já estavam preenchidos, porém teríamos a opção de agendar diretamente na portaria do parque.

O parque fica muito próximo ao hotel, dá até para ir andando… mas como optamos por ficar com o carro, fomos de carro! Até porque vai que aparece um leão no caminho, não é mesmo? 😮

Assim procedemos, fomos no parque agendar e para nossa surpresa o valor dos safáris no parque eram bem mais em conta do que no hotel. É claro que nós adoramos, né? Aproveitamos e agendamos logo todos os dias.

O Parque Nacional Kruger é uma área pública e com regras próprias, como horários de entrada e saída (diferentes da reserva privada) e delimitação para onde os veículos podem circular. Nesse caso, para ver os bichos mais de perto, é necessário que o animal esteja na beira da estrada, ou cruzando-a. Também há hospedagens dentro do parque, de acampamentos a lodges de luxo, e os safáris com guias podem ser contratados diretamente nesses locais.

Há uma taxa diária de conservação, cobrada por pessoa, que varia de acordo com o local. Para entrar no Kruger Park, essa taxa é de R372 por adulto (em torno de R$100) e R140 para crianças (em torno de R$50). A cobrança dessa taxa é diferente para quem se hospeda dentro ou fora do parque. Por exemplo, no caso de a pessoa ficar uma noite e dois dias. Se ela estiver hospedada dentro do parque, ela irá pagar apenas uma vez; caso esteja hospedada fora do parque, deverá pagar a taxa novamente no segundo dia.

Vamos lá vou tentar contar a experiência toda pra vocês, entendam que as palavras e as imagens jamais vão conseguir transmitir a grandiosidade e o sentimento de viver a savana de tão pertinho.

A maior expectativa de fazer safari é a emoção pela busca dos chamados Big 5, ou seja, os cinco mamíferos selvagens de grande porte mais difíceis de serem caçados pelo homem: rinoceronte, leão, leopardo, elefante e búfalo.

A emoção de buscar esses bichos e vê-los em seu habitat natural é indescritível. Aos poucos eles vão aparecendo e o encanto e a emoção aumentando. O encontro com os 5 depende de sorte, muita sorte! Nós só conseguimos ver quatro! Não conseguimos ver o leopardo.

Ficamos hospedados no Protea Hotel de segunda a quinta e deu tempo de fazer três safaris um em cada horário (manhã, tarde e noite) e ainda aproveitar o hotel.

Sol nascendo na savana.
Nosso primeiro passeio saímos às quatro e pouca da manhã.
Aproveitando o hotel.

Recebi muitos directs perguntando se havia perigo em fazer safari ou elogiando a minha coragem etc. Mas se você respeitar as regras do parque e escutar as orientações dos guias não tem com o que se preocupar. Os animais veem os carros como algo estranho e maior que eles.

Esse leãozinho tinha acabado de comer sua caça.
O cheiro de carniça ainda estava no ar e a barriga bem cheia.

Nos carros abertos as recomendações são usar roupas de tons pastéis, não usar perfumes muito fortes, não levantar, não gritar e não falar alto, principalmente se estiver próximo dos animais, não fumar, não colocar o corpo para fora do carro. Levar uma roupa de frio, levar óculos escuros, chapéu/boné, repelente e protetor solar. Não esquecer máquina fotográfica e, se puder, um binóculo.

Em carros fechados (self drive) a recomendação é não correr, não abrir os vidros, manter as portas trancadas e respeitar os animais. Levar óculos escuros, chapéu/boné, repelente e protetor solar. Não esquecer máquina fotográfica e, se puder, um binóculo.

Seguindo essas orientações não há o que temer.

Mais medo eu tive de perder meu celular e as fotos que estavam nele. 😮 Vou contar o “Perrengue chique” que eu passei. Sempre acontece algo nas minhas viagens… S-E-M-P-R-E!

O carro aberto é literalmente aberto, tá? A lateral do carro é de lona e a abertura vai direto no chão, não é fechada. Pois bem, meu celular achou de escorregar do meu colo e foi diretinho para o chão, caiu bem na estrada de barro.

Porém, eu logo percebi que algo estava errado porque não fez barulho ao cair. Alertei o Gabriel que possivelmente meu celular teria caído fora do carro, ele de imediato correu e pediu para o guia retornar. O guia foi muito gente boa, ele retornou e pegou meu celular! Conseguimos achar há uns 100 metros de distância. Essas coisas só acontecem comigo… isso é fato! 😂

E como se nada tivesse acontecido voltamos a procurar os animais na selva… 😁👍

Aproveitamos muito esses dias na África do Sul e já começamos a pensar no nosso próximo safári. Acreditem, é uma experiência única.

Um dos momentos mais marcantes para mim foi o encontro a noite com várias leoas e seus filhotes no meio da estrada. Que cena!

Registrando tudo.
Mais uma viagem maravilhosa juntos.
Sol se pondo e o leão e a leoa namorando.

E aí, a África do Sul no carnaval vale a pena? 🙂

Família na trip!! Sogra, cunhada e marido.

Imagens divulgação do Hotel:

Passagens do Hotel
Restaurante tipo Buffet – Jantar
Área do Restaurante
Piscina com vista para savana
Deck da piscina
Área externa
Área externa
Passagens para os quartos

Se ficou alguma dúvida, por favor, deixe no espaço para comentários abaixo!

Beijos, @debygallindo


Deborah Gallindo

O blog é administrado por mim, @deborahgallindo. Apaixonada por moda, beauty, viagens e por uma boa gastronomia. Estou sempre em busca do próximo destino e de novas tendências da moda.

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