Destino Internacionais

Deserto do Atacama: incluir no roteiro ou não?

Deserto do Atacama: incluir no roteiro ou não?

Sim ou com certeza?

O Deserto do Atacama é uma daquelas viagens que eu e o Gabriel costumamos chamar de “viagem Globo repórter” kkkkkk não é um destino comum, mas que atualmente está na moda, e tem que estar mesmo, porque é simplesmente incrível cada lugarzinho novo que esse deserto tem para apresentar. Tudo que eu tentar passar aqui para vocês ainda será pouco e não vou conseguir dimensionar a grandiosidade e beleza desse lugar.

Chegamos no deserto e já havíamos agendado um transfer no Brasil para nos levar do Aeroporto de Calama até o Hotel. Não se espantem com o a estrutura do Aeroporto de Calama, pois ele é melhor do que muitos aeroportos brasileiros mesmo sendo no deserto. Fiquei bem impressionada com isso.

Ao chegar na cidadezinha de San Pedro de Atacama fomos procurar a nossa agência de turismo que havíamos contratado e fechados os pacotes de passeios pelo deserto. Nós fechamos no Brasil mesmo com a FlaviaBia , mas se você gosta de aventura e arriscar fechar passeios na hora, não é difícil de fechar por lá mesmo. Sempre tem alguma agência te abordando na rua. A equipe da FlaviaBia montou o nosso roteiro, de acordo com a disponibilidade de passeios da agência e com a nossa necessidade. Passeios de maior altitude, por exemplo, devem ser evitados nos primeiros dias, quando a gente ainda está se acostumando com a altitude o que pode gerar dor de cabeça ou algum mal estar.

Dia 1 – Termas de Puritama / Laguna Cesar / Ojos del Salar / Laguna Tebinquiche

Termas de Puritama

O primeiro dia começou por volta das 8:00h com o pessoal da FlaviaBia buscando a gente no hotel e partindo para as Termas de Puritama. As termas encontram-se cerca de 35 km de San Pedro de Atacama.

Chegar na entrada das termas requer passar por algumas rotas estreitas e vertiginosas. As Termas de Puritama ficam no meio de um cânion, cercado de montanhas, a 3.500 metros de altitude.

Ao todo são 8 piscinas termais com propriedades terapêuticas e medicinais, abastecidas com água do Rio Puritama, um nome que na língua indígena local significa águas calientes (águas quentes). É fácil entender porque as águas são naturalmente aquecidas, afinal a região do Atacama há séculos possui uma grande atividade de vulcões e com isso seu solo é repleto de rochas vulcânicas quentes. A temperatura gira em torno de 32ºC a 34ºC.

As Termas de Puritama são de propriedade do grupo Explora, que também é proprietário do hotel de luxo Explora Atacama. Por causa disso, uma das piscinas de águas termais, a número 1, é fechada para uso exclusivo dos hóspedes do hotel. As outras 7 piscinas estão liberadas para uso dos turistas.

O paraíso de águas quentes ainda conta com uma massagem relaxante dentro d’água oferecida exclusivamente para os clientes da FlaviaBia. Eu particularmente adorei todos os mimos preparados pra gente nessa viagem. Ela e a equipe cuida de tudo nos mínimos detalhes.

O paraíso só acaba na hora de sair da água quentinha das termas: o choque térmico com a temperatura fora da água é intenso. Melhor deixar o roupão oferecido pela equipe pertinho.

Por volta das 11:30h um brunch foi servido com muito zelo, carinho e com uma vista de tirar o fôlego.

Após o brunch, voltamos para o hotel e esperamos pelos passeios do período da tarde.

Laguna Cejar

A tarde fomos conhecer algumas lagunas, mas confesso que eu e Gabriel estávamos bem ansiosos para conhecer a Laguna Cesar, pois já tínhamos vistos algumas fotos e estávamos encantados com a beleza do lugar e chegando lá ela não deixou nadinha a desejar era exatamente tudo aquilo que imaginávamos.

Ela possui um índice de sal bem elevado, cerca de 33%, muito acima do que encontramos no mar, por isso ao entrar na água você não precisa fazer o mínimo esforço para ficar boiando. É o mesmo que acontece no Mar Morto.

Você pode entrar nesta lagoa mesmo que não saiba nadar, pois assim que o seu corpo estiver na água, você já estará flutuando. Nunca entre pulando de cabeça ou mergulhe. Evitar ao máximo molhar o rosto, olhos e boca (e para as mulheres os cabelos também, né?) , devido ao excesso de sal que pode ser prejudicial.

A água da lagoa é muuuuito gelada, isso acaba fazendo algumas pessoas desistirem de tomar banho nela. Eu entrei e posso afirmar que só entrei para garantir a foto! kkkkk após alguns segundos já queria sair! Porém, tem quem afirme que você se acostuma e a temperatura deixa de ser um incômodo. Eu não concordo! kkkkkk Me senti no Titanic com várias facas entrando dentro de mim de tão gelada que era essa água. Nunca mais, obrigada! Mas garanti a foto! Alowwww #perrenguechique

Gabriel super de boa com a temperatura da água

A equipe da FlaviaBia sempre muito atenta aos detalhes já espera nossa saída da laguna com roupões limpinhos e quentinhos para proteger do frio.

Vulcões ao fundo

Para nossa felicidade é importante mencionar que existe um apoio de chuveiros nessa laguna para retirada do sal. Pois, a medida que vamos secando vai batendo o desespero de tanto sal pelo corpo. Ficamos completamente brancos. kkkkkk

Ojos del Salar

Após a Laguna Cejar e a retirada do sal no complexo de chuveiros que a estrutura da laguna dispõe partimos em direção para o próximo destino. Ficamos na estrada de terra por mais uns 15 minutos até chegarmos a um local chamado Ojos del Salar.

Os Ojos del Salar, ou olhos do salar, são dois grandes buracos, bem próximos um do outro. Diferente das lagoas visitadas anteriormente, a água nesses buracos é doce.

O banho é permitido só em um dos buracos. A água é gelada e o buraco é bem fundo, por isso é preciso saber nadar. A maioria das pessoas que entram nele fazem apenas pela adrenalina de dar um pulo de encontro a água, sem ficar na água posteriormente.

Do meu grupo, apenas duas pessoas entraram na água. Eu e Gabriel optamos por não entrar, pois já estávamos secos do banho anterior e não queríamos nos molhar de novo.

Após a parada para fotos e para os aventureiros se recomporem pegamos a estrada novamente e chegamos na última parada do dia.

Laguna Tebinquiche

A Lagoa Tebinquinche é uma grande lagoa no salar do Atacama que impressiona pela beleza. O contrataste das nuvens, do céu, dos vulcões ao fundo é um show a parte, mas isso não se pode ver em todas as épocas do ano. Por isso é bom ficar atento ao período escolhido para viagem. Fomos no início de agosto e conseguimos ver esse espetáculo da natureza que mais parece tela de fundo do Windows kkkk.

Caminhamos pelas margens da laguna por aproximadamente quarenta minutos. É importante respeitar os limites das trilhas para não prejudicar a conservação do local. 

Não é permitido entrar na lagoa, nem chegar muito perto. Toda área é preservada e só podemos caminhar por uma trilha demarcada no entorno. Fizemos algumas paradas pelo caminho para fotos e algumas explicações do guia. Algumas pessoas não gostam de escutar já eu e Gabriel gostamos de conhecer toda a cultura e história do lugar.

Os guias são bem criativos nas fotos

Ao final do passeio como de praxe da agência da FlaviaBia foi oferecido um coquetel maravilhoso para nós com direito a muito pisco sour e vinhos. A refeição foi servida poucos minutos antes de um dos pores-do-sol mais incríveis da vida. Nunca havia visto um céu tao rosa.

Céu rosa
Pôr-do-sol no deserto
Anoitecemos no deserto. Só a gente e a lua. Foi demais.


Dia 2 – Passeio de Balão

05 de Agosto de 2017 Meu aniversááááriooooo!!!!!

30 anos !!!! Socorro !!!!! Trintei (bateu um leve desespero) kkkkk !!!!

Gabriel preparou uma surpresa linda para o dia de hoje… ele sempre soube que um dos meus sonhos era andar de balão e ele conseguiu realizar até os 30!!! Amei muito!!!! Vou tentar contar um pouco da experiência…

Acordamos super cedo e o pessoal da @BalloonsOverAtacama passou no hotel para nos buscar. Esse passeio não fizemos com a FlaviaBia, esse dia ficamos off das programações com Flávia.

Sol nascendo no deserto

Chegamos bem cedo no local, antes mesmo do sol nascer, o pessoal tinha preparado uma mesa com alguns croissants e um café quentinho para tentar amenizar o frio!!! Não é fácil aguentar as temperaturas baixas do deserto em determinados horários.

Enquanto aguentávamos o frio eles tentavam encher o nosso balão…

Aproveitamos para tirar algumas fotos.

Eu também aproveitei para agradecer a Deus a oportunidade de estar ali naquele lugar lindo no meu aniversário, realizando mais um sonho… passear de balão!

Gabriel fez a reserva com uma certa antecedência pelo site e pagamos na agência em dólar. No dia do passeio haviam dois balões para acomodar todos os passageiros. Preferimos pagar pelo passeio no balão maior.

Subindo

O passeio foi tranquilo, lindo, leve e calmo. Uma experiência única no deserto.

Ao chegar no solo fomos recepcionados com um brinde bem legal e ganhamos nosso certificado de voo e um boné de lembrança.

Brindando às 08:00h
Aniversário feliz!

Fiquei bem lisonjeada e feliz também porque ganhei da Balloons Over Atacama um jantar no Restaurante La Estaka um dos melhores de San Pedro de Atacama.

Como o passeio de balão era no período da manhã ficamos com a tarde livre para andar por San Pedro e conhecer mais um pouco das suas ruelas.

Ruas de San Pedro

Aproveitamos esse tempinho livre para comprar algumas lembrancinhas e alguns presentinhos para levar nas feirinhas e lojas de artesanatos.

San Pedro abriga cerca de 5 mil habitantes entre suas casinhas de adobe e ruas de terra.

A cidade hoje vive apenas do turismo. O centrinho têm diversas opções de restaurantes com pratos típicos. Como estava começando a fazer um pouco de calor optamos por tomar um sorvete antes do almoço, o famoso sorvete de coca. Eles usam muito a folha da coca para ajudar na altitude.

O Brasil não permite a folha de coca, portanto cuidado para os viajantes aventureiros não inventarem de trazer na mala para o Brasil e serem presos por tráfico internacional.

Já pensou? kkkk. A folha de coca não é droga, porém é uma das matérias primas utilizadas na fabricação da cocaína.

Sorvete de folha de coca
Vivendo perigosamente no Chile com meu sorvete de coca kkkkk

San Pedro tem seu charme peculiar, foi uma das viagens mais incríveis que eu já fiz até hoje. Ela sempre permanece no meu topo da lista.

Após muita andança pelo centrinho voltamos para o hotel e descansamos. A noite voltamos para o “fervo” do centrinho para aproveitar o nosso jantarzinho que ganhamos da Balloons com muito carinho.

La Estaka

Nossa que Restaurante agradável! Adoramos conhecer. O garçom foi um pouco enrolado porque eu tinha alergia a crustáceos e ele trocou os pratos, mas logo percebemos e destrocamos. A parte ruim foi que eu fiquei com o pedido do Gabriel e o Gabriel com o meu pedido kkkkkk. Como estávamos muito cansados e já havia sido um presente eu não quis pedir para trocar. Nós também temos gostos muito parecidos, então o prato dele estava maravilhoso. Aloww #perrenguechique

Na foto está apenas a entradinha um profiteroles maravilhoso. Pena que não tiramos mais fotos.

Fechamos o meu aniversário com chave de ouro! Amei tudo.

Enfim, trintei!

Dia 3 – Geyser El Tatio / Valle de la Luna / Valle de la Muerte

O primeiro passeio do dia são os Geyser, é o passeio mais falado de todos e o mais temido devido a baixa temperatura. Acordamos as 3h e pouca da manhã e as 4h já estávamos prontos esperando o pessoal passar no hotel para nos buscar.

Saímos do hotel ainda com o céu escuro estrelado e com uma lua enorme, tão grande que até acordei quem estava dormindo na van do susto que tomei quando olhei pela janela. Só a gente no deserto escuro iluminado por aquela lua maravilhosa. Que cena linda. Fizemos uma parada para o guia pegar alguns croissants novinhos e quentinhos de um francês famoso que mora lá para o nosso café da manhã. Obs: melhores croissants da vida.

Ao chegar lá nos agasalhamos bem e descemos da van. Ao descer já percebemos a temperatura bem baixa. O frio já tomou conta de cada pedacinho nosso, mal conseguíamos tirar as luvas para bater as fotos. A dica é ter luvas com touch.

A cerca de 98km de San Pedro de Atacama e a 4.300m de altitude, é um passeio extremamente lindo e frio, mas que precisa de muita atenção nas marcações porque também é um passeio extramente perigoso devido a alta temperatura da água.

Por estar situado em uma altitude muito elevada, todos indicam para se fazer esse passeio pelos últimos dias da sua viagem, quando seu corpo já se acostumou com a altitude.

O horário mais comum de saída para esse passeio é as 04h da manhã, para que se tenha tempo de chegar no campo geotérmico antes do sol nascer. Mas isso varia conforme a época do ano, em algumas estações o sol nasce mais cedo e em outras mais tarde. Lembre-se que quanto mais cedo você sair, mais frio vai enfrentar. As fotos também costumam ficar mais bonitas antes do sol nascer.

A baixa temperatura também merece atenção, não subestime o frio que você vai encontrar por lá, ele é forte, muito forte! Minha mão chegou a ficar toda enrugadinha, congelada, mesmo com luvas, quase não conseguia mexer.

Ponto de apoio para o café da manhã e esquentar um pouco o corpo
Café com leite para esquentar o corpo.
Mesa posta para o café da manhã.

Pegamos a temperatura por volta de -10º e -14ºC. Vale destacar que esse frio todo é amenizado quando o sol começa a nascer. A temperatura vai ficando mais agradável e se vestir em camadas é uma dica. Assim você vai tirando algumas peças conforme a temperatura for subindo. Mas não esqueçam de usar malha térmica por baixo.

Gabriel descongelando no Sol.
Euzinha com várias calças e blusas tentando descongelar.

A beleza é realmente indescritível. É diferente, bonito e mágico ao mesmo tempo. Acredite, por mais que você ache as fotos bonitas, elas não conseguem descrever a magia daquele lugar.

Geyser el Tatio

Os Geysers são um tipo de nascente de água termal que entra em erupção periodicamente, lançando para cima uma coluna de água quente e vapor de ar. É um espetáculo muito bonito e raro de se ver. Ele acontece somente em áreas vulcânicas, existem apenas cerca de 1.000 geysers ao redor do mundo.

A região tem uma área de 3 quilômetros quadrados e no espaço há aproximadamente 40 Geysers. O fenômeno se dá porque as águas geladas dos rios subterrâneos da região entram em contato com rochas quentes. Essa junção proporciona a formação do vapor de água e os jatos.  Essa junção proporciona a formação do vapor de água e os jatos. 

Vocês acreditam que nesse buraco que estou encostada atrás dele já morreram alguns turistas? Inclusive teve um brasileiro nas estatísticas. Segundo informações do guia anos atrás alguns turistas não respeitaram os limites e quiseram tirar fotos mais perto dos Geyser e caíram dentro e foram a óbito devido as queimaduras.

Ele contou que já ocorreram cerca de três acidentes dessa mesma forma, porém em ocasiões diferentes. Se for verdade essa informação passada pelo guia é muito triste o que as pessoas fazem por uma foto. Acredito que seja, não teria motivos para mentir.

Após o passeio aos Geysers fomos conhecer um povoado próximo, o povoado Machuca.

O caminho até o povoado nos fez conhecer mais um vulcão e nos rendeu belíssimas paisagens como já é de praxe no Deserto do Atacama.

Parte da montanha ainda congelada em plano deserto.

Chegando no povoado o guia nos falou que a atração local dos turistas é experimentar a carne de lhama no espetinho. A lhama para eles é como se fossem nossas vacas e bois então é bem comum o consumo da carne.

No começo eu resisti muito para experimentar porque eu tenho um verdadeiro amor por lhamas, mas depois de muita insistência de todos do passeio, do guia e do Gabriel para eu experimentar terminei cedendo mesmo com o coração na mão.

Experimentando a carne de lhama.

Nem achei essas coisas todas. Não achei macia como eles falam que é! É uma carne magra e cheia de nervos. Coitada da lhama. Fiquei com dó.

Após a visita ao povoado voltamos para o hotel para se recompor, renovar rapidamente as energias e esperar o pessoal pegar a gente para o passeio da tarde.

Valle de la Luna

O Valle de La Luna está localizado na Cordilheira de Sal e a distância é de apenas 13km de San Pedro do Atacama. A combinação Valle de La Luna e Valle de La Muerte é a combinação mais famosa de quem visita o Deserto do Atacama.

A paisagem é composta por dunas e paredões esculpidos pelo vento e a altitude máxima alcançada nesse tour é de aproximadamente 2600 metros, o que o torna uma excelente opção para os visitantes que ainda não estão devidamente aclimatados.

Vou ser bem sincera, ok? O lugar impressiona muito pela grandeza, porém eu estava completamente mal humorada com o calor e a andança sem fim pelo deserto! kkkkkk Estava muito insuportável!!! Mas quem está na chuva, tem que se molhar, né? Então tratei de fazer todo o roteirinho como combinado e continuar o passeio lindamente.

Obs: Única foto nossa no Valle de La Luna, o mau humor com o calor não deixou ter ânimo para sorrisos e fotos. kkkk
Paredões

Fizemos uma parada rápida para conhecer as Três Marias – formações rochosas que segundo os atacamenhos simbolizam três mulheres rezando – mas que exige uma grande dose de imaginação pra enxergá-las.

A primeira delas não está em seu tamanho original – um turista sem noção teve a brilhante ideia de subir nela pra tirar foto e quebrou a coitada. Hoje em dia há uma delimitação feita com pedras  e não é possível chegar muito perto.

Ao lado das Três Marias também tem a famosa “cabeça de dinossauro”. Ambas são formações de sal e areia criadas pela erosão do vento ao longo de milhares de anos.

Fizemos algumas fotos e seguimos para o ponto alto do passeio: o pôr do sol no Valle de La Muerte! Onde eu tive uma surpresa inesperada.

Valle de la Muerte

O Valle de la Muerte é um dos destinos mais procurados devido ao belíssimo pôr do sol e devido as diversas lendas (ou não) que circundam o local. O que deixa o passeio bem mais interessante do que o Valle de la Luna.

O tour termina com uma vista espetacular do pôr do sol no mirante Pedra del Coyote.

O clima começa a esfriar e o humor a melhorar. kkkk

Por que Valle de La Muerte? Ninguém sabe ao certo. Uns dizem que é devido ao ambiente não sustentar vida alguma. Outros falam que ali funciona um cemitério indígena e ainda tem quem afirme que antigamente era chamado de Vale de Marte devido sua cor avermelhada, mas que a pronuncia foi mudando ao longo dos anos. O que sabemos é que hoje ele é conhecido dessa forma Valle de La Muerte.

A paisagem é realmente encantadora um céu multicolorido com o fundo infinito do deserto cor de rosa. Era o primeiro dia de lua cheia no deserto e estavam todos apreensivos pelo pôr do sol e seu nascimento.

Além da paisagem encher os olhos com tanta cor e beleza, um ponto luminoso rasgou o céu do Deserto do Atacama. Sua trajetória linear deixava um rastro luminoso. Será que foi um meteorito ou apenas um avião? Fica o questionamento. kkkk

O Valle de la Muerte é um passeio rápido, porém a FlaviaBia preparou uma surpresa para mim!!! Fiquei tãããão feliz… um bolinho surpresa de aniversário com direito até aos parabéns no deserto!!! Que equipe.

Após o sol se pôr lá veio ela toda imponente… A tão esperada lua cheia!!!

Fechou a visita ao Valle de La Muerte com chave de ouro.

Dia 4 – Salar de Tara

Mais um dia que se iniciou bem cedo no Deserto do Atacama. O destino principal nesse dia era o Salar de Tara onde em algumas épocas do ano pode-se observar diversos Flamingos. Mas atéééé chegarmos lá foi muito chão… o caminho é bem longo e fizemos diversas paradas com lugares maravilhosos, passamos inclusive por dentro de um vulcão desativado e é claro que tratei de trazer para casa um pedaço da larva petrificada.

Nossa primeira parada foi para o café da manhã com a vista dos vulcões Licancabur e Juriques. Que espetáculo.

O Atacama sem dúvida é uma viagem incrível e inesquecível. São muitas as paisagens de tirar o fôlego.

Nossa segunda parada foi em um lago congelado onde algumas pessoas, inclusive eu, arriscaram andar por cima, mesmo com ele trincando (não façam isso em casa crianças).

Estava muito frio… Gabriel nem conseguiu tirar foto de tão congelante que estava!! Eu estava com a malha térmica e mais duas calças. Tenso, né?

Mas ainda arrisquei umas fotinhos e seguimos viagem…

Esse é o passeio em que se chega na maior altitude no Deserto do Atacama, por isso que fizemos diversos passeios antes desse dia. O corpo precisa se acostumar, caso contrário é fácil passar mal durante o passeio. Chegamos até cerca de 4.800 metros de altitude acima do mar.

A próxima parada foi no Monges de Pacana (também chamados de Moais de Tara). Nesse local tem diversas formações rochosas, algumas que lembram monges segundo eles (precisa de muita imaginação), mas uma das formações rochosas, a Pedra do Índio, pode-se ver nitidamente o rosto de um índio, ela mede mais de 25 metros de altura e é a grande atração para as fotos. No cume da pedra, é possível ver a face do índio. Dá até para brincar e fazer aquelas fotos criativas. Fizemos algumas, mas não posso publicar. kkkkk Proibido para menores de 18 anos.

No fundo da paisagem está o Salar de Águas Calientes I (há outros 2 salares com mesmo nome, o Salar de Águas Calientes II próximo ao Vulcão Lascar e o Salar de Águas Calientes III, no passeio até Piedras Rojas).

O visual é sempre maravilhoso, e os guias adoram registrar fotos do criativas do pessoal e usando o recurso panorâmico também.

E partimos para a última parada, o lugar que dá nome ao passeio.

O Salar de Tara é um amplo alagado cercado de belas montanhas (trata-se da caldeira do Vulcão Vilama), com uma vegetação característica da altitude e que faz a gente até esquecer que está no deserto. Está localizado a uma altura de 4.300 metros de altitude.

A área também faz parte da Reserva Nacional dos Flamingos, é bem preservada e os visitantes só podem caminhar nas áreas demarcadas.

Nosso almoço foi em frente ao Salar de Tara e a mesa como sempre preparada com muito carinho.

Encerrando nosso passeio com uma tacinha de vinho branco e essa vista maravilhosa do Salar. Toda a distância percorrida valeu a pena.

Dia 5 – Lagunas Altiplânicas: Laguna Tuyajto / Laguna Miscanti e Miñiques / Piedras Rojas / Trópico de Capricórnio

Laguna Tuyajto

Nesse dia acordamos bemmm cedo e fomos para recepção da pousada pegamos nosso cafezinho da manhã que solicitamos no hotel no dia anterior para levar no passeio, já que iriamos sair antes da liberação do café da manhã. Os hotéis lá já deixam um cafezinho da manhã preparado se for solicitado para os hóspedes que saem bem cedo para os passeios.

Ficamos aguardando o pessoal da FlaviaBia nos pegar no hotel e as horas foram passando e nada de pegar a gente. Começamos a ficar preocupado devido a pontualidade de sempre não está sendo cumprida e entramos em contato com a FláviaBia e para nossa surpresa… fomos sim esquecidos!!! 🙁

Pediram para a gente continuar aguardando que outro carro iria nos buscar no hotel.

Quando o carro chegou percebemos que iria ser um tour privativo sem toda a turma de costume. O que não foi ruim também… porque ficamos mais livres para fotos e sem aquela demora de grupo.

Iniciando agora o passeio fomos em direção a Laguna Tuyajto.

A expedição para Lagunas Altiplanicas é sem dúvida nenhuma a mais impressionante que fizemos no Atacama.

É difícil escolher um preferido porque todos os passeios são surreais de lindo. Como pode tanta beleza no deserto?

São cerca de 160km percorridos em 2 horas, até a primeira parada, na Laguna Tuyajto, passando por paisagens lindíssimas no caminho.

O visual da Laguna Tuyajto é muito impressionante. Provavelmente é uma das mais belas paisagens que passamos em toda nossa viagem pelo Atacama. Indo além, é provável que seja uma das mais lindas que já vimos em nossas vidas. Olha esse oasis no deserto, gente!!! É demais!!! Muito perfeito!! Lembrando que todo esse visual muda em outras épocas do ano. Fomos no início de agosto.

Esse passeio te leva a uma altitude de 4.160m. Não sentimos nenhum efeito da altitude além do cansaço, mas é bom se precaver. Entre as recomendações para não sentir tanto essa diferença de altitude está a de fazer passeios com altitudes menores nos primeiros dias e deixar os mais altos para o final. No dia anterior recomenda-se não beber e evitar comer comidas pesadas.

Laguna Miscanti e Miñiques

Estão localizadas a 4.100 metros de altitude e a 115 quilômetros da cidade de São Pedro do Atacama.

As Lagunas Altiplânicas são dois belíssimos lagos de cor azul-marinho, cercados por montanhas e vulcões exuberantes. Ao fundo da Laguna Miscanti há o Vulcão Miscanti e ao fundo da Laguna Miñiques há o Vulcão Miñiques, ambos estão desativados.

Hoje em dia não é possível chegar até as margens das lagoas. Há caminhos demarcados para chegar um pouco mais perto das lagunas. O passeio é rápido e não temos muito tempo, porém a visita nos rendeu diversas fotos lindas.

Admirando a laguna refletindo as montanhas.

Esse passeio estava fechado já fazia umas 6 semanas devido a grande quantidade de neve nas estradas, mas para nossa sorte na semana que chegamos em São Pedro o passeio foi liberado novamente.

Altura do gelo na estrada.

Não é difícil ver raposas ou vicuña no caminho.

Piedras Rojas

Nossa próxima parada foi as Piedras Rojas (Pedras Vermelhas).

As pedras possuem essa tonalidade por causa do ferro que oxida, causando a coloração avermelhada. Segundo nosso guia, o nome oficial do lugar é Salar de Águas Calientes III ou Salar de Talar, mas acabou ficando mais famoso com o nome de Piedras Rojas devido a coloração das pedras.

Volto a repetir que o ambiente muda completamente a depender da época do ano. Como fomos no início de agosto a lagoa estava completamente congelada o que não acontece se você for no verão.

Lagoa congelada.

Não vimos os espelhos d’agua que formam no verão, mas a paisagem não deixa a desejar de forma nenhuma. Conseguimos tirar muitas fotos legais.

Visitamos as Piedras Rojas em agosto de 2017 e nesse período o passeio ainda não havia sido interditado.

Após uma visita do Canal OFF e as gravações de kitesurf feitas no local o passeio foi interditado. A polêmica começou quando, ainda em dezembro de 2017, meios de comunicações do Chile começaram a repercutir um vídeo de uma pessoa realizando kitesurf, no Salar de Talar. De acordo com autoridades, o episódio foi a gota d’água para a proibição do acesso ao local.

Ainda bem que pudemos visitar pouco antes do ocorrido. Hoje em dia não sei por onde é feita a visita as Piedras Rojas.

Trópico de Capricornio

Uma das paradas que eu estava bem ansiosa para conhecer: o Trópico de Capricornio.

Não sei vocês, mas isso me lembra muito as aulas de geografia da quinta série. Essa é uma parada bem conhecida para os turistas do Deserto do Atacama, todos tem uma fotinho típica na placa.

A placa fica exatamente onde o trópico cruza com a antiga trilha dos Incas e essa trilha vai até a Bolívia. Era por onde os Incas se guiavam para transportar encomendas e levar correspondências ou notícias de um país para outro.

A parada na placa também rende boas fotos no meio da pista sem nenhum carrinho passando.

A viagem já estava próxima ao fim e eu ainda não tinha conseguido ver de pertinho nenhuma lhama, minha paixão.

O guia “privativo” que estava conosco me fez uma surpresa e parou na casa de uma conhecida dele para que eu pudesse ver de pertinho uma lhama!!!

E ainda usa briiiiinco!!!!
Não aguento essa lindinha.

Encerrando nosso dia e nossos passeios pelo deserto com um almoço com vista para o Vulcão Licancabur. Nesse ponto encontramos com o resto do pessoal da FlaviaBia que estavam em grupo, mas já havia mudado as pessoas do grupo inicial.

Mais um almoço maravilhoso organizado pela equipe da FlaviaBia.

Com certeza foi uma das viagens que ficou marcada e em primeiro lugar durante um bom tempo. Um dia gostaria muito de voltar…

Obrigada, Atacama!!!! Foi demais!!!! @debygallindo


Deborah Gallindo

O blog é administrado por mim, @deborahgallindo. Apaixonada por moda, beauty, viagens e por uma boa gastronomia. Estou sempre em busca do próximo destino e de novas tendências da moda.

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